POR AMILTON PINHEIRO
Estamos acostumados a vê-lo tranquilo e sempre contido nas palavras e nos gestos quando apresenta, entre outras coisas, o quadro Pinga-Fogo, que vai ao ar no Jornal da Globo. No entanto, Heraldo Pereira, de 50 anos de idade e mais de 30 anos de carreira, saiu um pouco dessa postura de calmaria inabalável para falar sobre o episódio envolvendo o jornalista Paulo Henrique Amorim, que, em fevereiro, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Brasília a se retratar e a pagar uma indenização de R$30 mil a Heraldo (doada a uma instituição de caridade). "No mundo de hoje, ninguém pode ser ofendido como fui, pelo fato de ser negro. O agressor não faz uma análise profissional, política ou comportamental da minha pessoa. Ele faz uma leitura intolerante a partir da racialidade. Destaca sempre como fato a ser distinguido a cor da minha pele e desmerece a minha pessoa num gesto de crueldade", protestou o jornalista. Nessa entrevista, Heraldo Pereira lembra do início da sua carreira, fala sobre cotas e revela: "Eu, como jornalista, não gosto de dar opinião. Sou um jornalista que não gosta de expressar meu ponto de vista. O que eu gosto é descrever os fatos, com o máximo de isenção possível."
"VOCÊ SÓ TEM EVOLUÇÃO COM A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA. NÃO VAI ENCONTRAR REFERÊNCIA DE CIDADANIA NA FIGURA QUE ESTÁ NA POLÍTICA. VOCÊ VAI ENCONTRAR REFERÊNCIA DE CIDADANIA NO ELEITOR, NÉ? ACHO QUE A COISA MAIS FANTÁSTICA É A CONSCIENTIZAÇÃO CADA VEZ MAIOR DO ELEITOR. É A PARTIR DAÍ QUE IREMOS CONSTRUIR UMA POLÍTICA NUM NÍVEL MELHOR DO QUE SE VÊ HOJE"
São quantos anos de jornalismo?
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